ROSA NOTURNA
A rosa revelou-me o espinho.
Com sutileza,Cortou-me da inocência à face pouco atrativa.
Sou agora palavra...
Sou verbo
Sou parte do tudo que todos sempre me quiseram esconder!
Sangue que desce, e
Que do meu corpo umedecido agora tens sede:
Qual o teu fim!?
Ó folha de outono,
Por que caíste tão perto mim?!
Por que se jogou do alto da arvore animada
Para que eu ficasse ao alcance de pisá-la
E, pisando-a,
Por que se jogou do alto da arvore animada
Para que eu ficasse ao alcance de pisá-la
E, pisando-a,
A sufocasse entre a calçada concreta e a sola dos meus antigos
[pés descalços
Sem saber que era em você que eu pisava...
E que, de mesmo modo, eu também me pisoteava
Esmagando o que de você existe em mim
Das juras de amor...
De todas as promessas de fidelidade:
Por onde andam aqueles que em faces fáceis Podem me ouvir da onde estou?
Fugaz feito a beleza das florês que murcham em instantes
[tão somente delas: inexatos!
Murcham em total despeito_ em total descaso_ por quem as receberam
[com olhos brilhosos
[de contentamento e completude.
Murcham simplesmente assim, qual beleza fugidia,
Depois de roubadas da terra e dos jardins
Por mãos cegas, sedentas de paixão.
Posto que não há beleza quando à mesquinhez”.
Não! Certamente não almejo.
E com apenas, e somente, o molhar das pontas dos pés
Quando desejoso estou de banhar -me por inteiro no profundo...
... No profundo de rios
Mares, marés e oceanos...
De ribeirões e ribeirinhos
Córregos, regatos e riachos todos
De lagoas e lagos, e arroios
Banhar-me de vida!
De palavras e gestos...
Banhar-me de visões
Em cachoeiras de ternura e vozes
Diante da sede de horizontes guardada em meus olhos
Arde, sim, meu desejo de mergulhar!
O molhar das pontas dos pés:
"Antes, salto com os dois!
À fixidez de acompanhadas solidões,
Salas ou prisões.
Quando meu coração_ em puro incêndio_ deseja por Campos e campinas
Por montanhas e montes
E por vales e estradas
Planaltos e planícies
E matas:
Fechadas ou não!
Por sonhos...
Deseja manhãs e noites
A fora...
Adentro
E céus abertos
E grama molhada para costas
E para do corpo meu todo o resto
Deseja mantas de pele para se acobertar...
Ou terra batida para deitar, se for!
Deseja o nascer das manhãs
E o cair das noites
Deseja o sereno...
O refrigério do orvalho...
A viração tardina
O uivo lupino
Quero colo de encaixe leve, absoluto e pleno
[quando caído de sono...
...E quando retirado do mundo, longe de tudo,
Quero belezas e descobertas...
Caminhar por encantamentos, vilas discretas e vilarejos
E quero longas conversas à beira de pôr de sois e luares todos...
E o cheiro da lavanda
E a leveza das varandas...
E histórias para sorrir
E historias para contar...
E canções... E canções... E canções!
E sussurros ao pé do ouvido
E poesia
E som de música...
E poesia... E poesia
Sendo rio,
Por que caíste tão perto?
Para que eu ficasse ao alcance de poder pisá-la
Ficando eu sem saber dizer sobre o que senti ao pisar em ti.
Manhã que nasce,
Mostre-me o teu lado insustentável !
Mostre-me o teu lado insustentável !
Ceia prometida,
Onde estas!?Das juras de amor...
De todas as promessas de fidelidade:
Por onde andam aqueles que em faces fáceis
E cheias de viço e brilho
As declararam nos bastidores e altares da emoção?!
Por onde andam?
Por onde?!
Quando fora esquecida e dada à perda
Quando?!
Vida, sirva-me a ceia... O suave do vinho
Estou às margens!
Fonte! Vida!!!
As declararam nos bastidores e altares da emoção?!
Por onde andam?
Por onde?!
E a confiança :
Quando foi jogada de ladoQuando fora esquecida e dada à perda
Quando?!
Caminho, dá-me a direção!
Verdade, incida luz sobre mim!Vida, sirva-me a ceia... O suave do vinho
Vida!
Fonte!Estou às margens!
Fonte! Vida!!!
Não almejo juras ou promessas coagidas pelo calor
[de qualquer solfejo de dor
[em peles de breve euforia:
Sua natureza é o fugaz![de qualquer solfejo de dor
[em peles de breve euforia:
Fugaz feito a beleza das florês que murcham em instantes
[tão somente delas: inexatos!
Murcham em total despeito_ em total descaso_ por quem as receberam
[com olhos brilhosos
[de contentamento e completude.
Murcham simplesmente assim, qual beleza fugidia,
Em instantes tão somente
delas, tão assim_
[sem exatidão...!Depois de roubadas da terra e dos jardins
Por mãos cegas, sedentas de paixão.
Assim como também não almejo a toda a riqueza mesquinha:
“Que se é mesquinha, riqueza não é.Posto que não há beleza quando à mesquinhez”.
Não! Certamente não almejo.
Como também pouco desejo os sorrisos plásticos
[do tudo que está de passagem.
Ou mesmo do sentir-se satisfeito com as margens [do tudo que está de passagem.
E com apenas, e somente, o molhar das pontas dos pés
Quando desejoso estou de banhar -me por inteiro no profundo...
... No profundo de rios
Mares, marés e oceanos...
De ribeirões e ribeirinhos
Córregos, regatos e riachos todos
De lagoas e lagos, e arroios
Banhar-me de vida!
De palavras e gestos...
Banhar-me de visões
Em cachoeiras de ternura e vozes
Diante da sede de horizontes guardada em meus olhos
Arde, sim, meu desejo de mergulhar!
Não!!!
Decerto não almejo apenas, e tão-só, O molhar das pontas dos pés:
"Antes, salto com os dois!
Para que não possam, um dia, se convencer do desejo de ficarem parados".
Ou limitar meu olhar e olhares, À fixidez de acompanhadas solidões,
E à frieza seca de paredes e
tetos de quarto
Ou salões Salas ou prisões.
Quando meu coração_ em puro incêndio_ deseja por Campos e campinas
Por montanhas e montes
E por vales e estradas
Planaltos e planícies
E matas:
Fechadas ou não!
Por sonhos...
Deseja manhãs e noites
A fora...
Adentro
E céus abertos
E grama molhada para costas
E para do corpo meu todo o resto
Deseja mantas de pele para se acobertar...
Ou terra batida para deitar, se for!
Deseja o nascer das manhãs
E o cair das noites
Deseja o sereno...
O refrigério do orvalho...
A viração tardina
O uivo lupino
Quero colo de encaixe leve, absoluto e pleno
[quando caído de sono...
...E quando retirado do mundo, longe de tudo,
[tombado de deserto e pesar
[donde as estrelas não podem ser vistas...
Que esse colo me chegue talhado de forma tal
Que sua saliente paz e calor,
Penetre, simples assim_ em impetuoso fervor_ na ardência,
Nas fendas e fissuras abertas da minha dor.
Sufocando-a!
Preenchendo-a.
"Até que não haja ares algum de seu hálito ressequido".
Ajustando-se perfeitamente a ponto de fazê-la perder
[donde as estrelas não podem ser vistas...
Que esse colo me chegue talhado de forma tal
Que sua saliente paz e calor,
Penetre, simples assim_ em impetuoso fervor_ na ardência,
Nas fendas e fissuras abertas da minha dor.
Sufocando-a!
Preenchendo-a.
"Até que não haja ares algum de seu hálito ressequido".
Ajustando-se perfeitamente a ponto de fazê-la perder
[todo seu movimento vital.
E assim, sob a força desse acaloramento_ asfixiada de luz até a borda_
[ela esvaeça!
Esvaeça por completo! Até extinguir-se de todo... Até deixar de ser.
Sim!!!
E assim, sob a força desse acaloramento_ asfixiada de luz até a borda_
[ela esvaeça!
Esvaeça por completo! Até extinguir-se de todo... Até deixar de ser.
Sim!!!
Quero belezas e descobertas...
Caminhar por encantamentos, vilas discretas e vilarejos
E quero longas conversas à beira de pôr de sois e luares todos...
E o cheiro da lavanda
E a leveza das varandas...
E histórias para sorrir
E historias para contar...
E canções... E canções... E canções!
E poesia
E som de música...
E poesia... E poesia
Pergunto: _Como ser grito e ficar calado, ficar mudo!
_ Como!?Sendo rio,
Como não desejar correr para o mar...
[visando oceanos
Como não querer desaguar numa torrente caudalosa de silêncio
[visando oceanos
Como não querer desaguar numa torrente caudalosa de silêncio
[e sons
Quero o desafio de me reinventar!
Quero batalhas e conquistas
A cantada secreta do botão da rosa
Seu flerte às escondidas
E, sim, seu instante revelador!
E a volúpia inusitada guardada no oculto do véu e da renda
Quero estender a mão para quem chega, e
Quero o desafio de me reinventar!
Quero batalhas e conquistas
A cantada secreta do botão da rosa
Seu flerte às escondidas
E, sim, seu instante revelador!
E a volúpia inusitada guardada no oculto do véu e da renda
Quero estender a mão para quem chega, e
Para a felicidade que vem...
"Estando meus olhos desprendidos de duvidas”
Abertos!
Quero paz!
Quero fazer as pazes!
Quero a descoberta da vida segredada no interior de cada beijo apaixonado...
"No momento em que tudo se torna silêncio
Quando não existe mais o antes ou o depois
Nem espaço ou tempo... ou duração.
"Estando meus olhos desprendidos de duvidas”
Abertos!
Quero paz!
Quero fazer as pazes!
Quero a descoberta da vida segredada no interior de cada beijo apaixonado...
"No momento em que tudo se torna silêncio
Quando não existe mais o antes ou o depois
Nem espaço ou tempo... ou duração.
Nem mesmo o porvir
E tudo se resume no viver do presente momento
[inteiro, distinto... íntimo e único".
Dança, cujos pés já não mais encontram um chão para pisar...
Tampouco o procuram! Quiçá!
E não mais sabem_ os olhos_ se ainda permanecem como sendo olhos
Ou caso, tornaram-se mãos, cabelos ou nucas, costas,
[narizes, queixos... lábios ou palavras!
Se bem que se esquecem_ nesse sentir_ como abrir
E continuam fechados sem saber como...
E de suas perguntas não me esquivar
Quero esmolas de conforto
Quando acreditar estar rico!
E quero reconhecer a beleza do ato de doar...
... quando eu estiver_ por assim dizer_ com quase sem nada para dar
Da alma quando esvaziada,
Do corpo quando no abandono:
Quero o achego, o amparo, a proteção.
Quero ser_ sempre que puder_ infiel ao meu orgulhoso recurso à solidão.
Quero a reconciliação!
Quero o sorriso único_ que de tão ele...
Me tire o medo e a dúvida
E me faça desgarrar-me_ uma vez por todas_ de minha antiga vida.
... E que me lance a outras vidas possíveis.
E que diante destas, lance-me a mim mesmo!
Lance-me a mim, e lance-me à coragem...
Quero ser pleno!
Por Cleder Zvonzik
Em algum dia desses... De um mês de agosto.
E tudo se resume no viver do presente momento
[inteiro, distinto... íntimo e único".
Dança, cujos pés já não mais encontram um chão para pisar...
Tampouco o procuram! Quiçá!
E não mais sabem_ os olhos_ se ainda permanecem como sendo olhos
Ou caso, tornaram-se mãos, cabelos ou nucas, costas,
[narizes, queixos... lábios ou palavras!
Se bem que se esquecem_ nesse sentir_ como abrir
E continuam fechados sem saber como...
Quero o olhar honesto da criança
amada. Sincero!
Que faz as lembranças que deveras doem durarem pouco.E de suas perguntas não me esquivar
Quero esmolas de conforto
Quando acreditar estar rico!
E quero reconhecer a beleza do ato de doar...
... quando eu estiver_ por assim dizer_ com quase sem nada para dar
Quero o sorriso único_ que de tão ele...
Me tire o medo e a dúvida
... E que me lance a outras vidas possíveis.
E que diante destas, lance-me a mim mesmo!
Lance-me a mim, e lance-me à coragem...
À própria afeição viva!
Quero o amor sacramentado em espírito
E alimentado pelo olhar quando em simplicidade,
E acariciado pelo coração, quando aberto e limpo,
[e em estado de confiança e verdade.E alimentado pelo olhar quando em simplicidade,
E acariciado pelo coração, quando aberto e limpo,
Quero da vida a sua natureza mais íntima e primeira.
Quero ser pleno!
Em algum dia desses... De um mês de agosto.
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