Para Não Acordar A Manhã
por Cleder Zvonzik
Sinto meu coração num recital de cânticos
Que junto vou cantando e nem os conheço
Enquanto vou escalando marés e lagoas
Em tua boca de doce riso, encantos e ensejos
Degustar o vinho na mesma taça
E nos render a um grato sonho de uma tarde que cai...
No mesmo tempo em que a lua meditativa se levanta
E distraída deixa cair_ um a um_ de seus véus de prata sobre nós
Acordar!? Voltar?!
Que não seja agora...
Que não seja já!
Ficar longe, longe, bem longe
Longe do sorrir que quer se
ausentar
Ficar longe, longe... Infinitas léguas distantes
Deixar os versos do vento sacudirem a renda da saia
E flagrar a dança das flôres do vale campestre
Do aroma da noite que desce discreto revelando cheiros e gostos
Erguer nossos olhos_ já um tanto umidecidos:
Morada nossa que se perfuma
[ cheia de gentilezas e graça
Sussurrando bem baixinho
Para não acordar a manhã
por Cleder Zvonzik
Levado pelo dançar das ondas de seus passos
Que me incendeiam os olhos ao som de bosques e
vilarejos.Sinto meu coração num recital de cânticos
Que junto vou cantando e nem os conheço
Enquanto vou escalando marés e lagoas
Em tua boca de doce riso, encantos e ensejos
Degustar o vinho na mesma taça
E nos render a um grato sonho de uma tarde que cai...
No mesmo tempo em que a lua meditativa se levanta
E distraída deixa cair_ um a um_ de seus véus de prata sobre nós
Que não seja já!
Do aroma da noite que desce discreto revelando cheiros e gostos
Erguer nossos olhos_ já um tanto umidecidos:
E enfeitar nossas vozes com carícias,
Prosas e brumas leves todasSussurrando bem baixinho
Para não acordar a manhã
Que lindo! Lembrou-me o lirismo das cantigas de amigo, com toda a presença simbólica da natureza e um horizonte de felicidade. Sensível e profundo! Tem traços da poesia popular, e paisagens dignas da lírica amorosa! Amei!
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