(ou “Canção Para Depois da Tempestade”)
(ou ainda“Íntimo Intento”), (ou...)
por Cleder Zvonzik
Tento alcançar o insondável com o peito amanhecido num céu de oceanos possíveis...
O infindável determina o limite do que procuro e espero
Não levo armas,
Não levo escudos ou alvos
Pedras, quais pesam nas mãos, também não as carrego.
Seguem comigo apenas um olhar viçoso desgarrado de vícios
E três palavras cantadas
Vou pelo lado informal
Sem cerimônias ou pequenas certezas
Não procure por mim! Não agora!
Tão pouco se preocupe! Estou em terreno fértil
Rodando meio aos vendavais e branduras do meu particular caminho
Apagando rastros com orações e canções
E metamorfoseando frases crisálidas
Em outros mistérios postos em versos, causos e embarcações...
Distante de paragens
Sigo percorrendo por meus verões e invernos_
Com roupas de estação ou não!
Vagando então meu corpo por vias de úberes vinhedos e catarses...
E passeando minha mente por corredores, labiríntos e campos abertos
Das veredas do eu-sozinho de minhas manhãs quando agostianas.
Descontinuo todo desejo de não ir adiante
Vou prosseguindo...
E tempestuoso.... E calmo....
E...
O dobrar dos sinos acusam o meio dia
E eu meio são, meu devaneio
Ouço o uivo dançarino do orvalho noturno ouriçando
[minhas costas antes enrijecidas
E a ciscarem ternos e compassadamente por meus cílios dispertos
E a deslizar aos sussurros e balbucios_ fio a fio_ meus cabelos quais sacudo
E estando eu primaveril no epicentro de um outono descortês
(Que me deprecia em tom elogioso...
Colhendo flores órfãs de veraneio),
Sendo espreitado por uma insolente sede insólita
Que do arco do palato desce até a secura enxuta de meus lábios.
Inclino-me a descortinar íntimas imagens ao me lembrar da seda pele...
Ca-ri-nho-sa-men-te acariciada...
... Dotada de finas e infinitas camadas de um lento veneno feminil...
De homeopáticas doses de cura
Que novamente a boca me faz salivar... e língua, e dentes
Em clarões e lampejos
De intensos brilhos repentinos de sensações e respostas
Desde então, da imagem dessa maça mordida,
"Que tem a natureza do que é passageiro".
Desenho_ em giz-cipreste em tom branco carregado_ segredos
[em toda a extensão de minha epiderme
E depois vou deitar à beira-mar...
Deixando, suavemente, que as ondas_ uma a uma_
Pousem lentas por sobre mim... Por sobre todo meu corpo... Por todo o meu ser
Assim, vou tecendo teias de esquecimento
Ao toque acre-doce do castanhar da areia branca
Com toda sua musicalidade em notas de perfumes e tons de alecrim e madeira
E...
O dobrar dos sinos acusam o meio dia
E eu meio são, meu devaneio
Ouço o uivo dançarino do orvalho noturno ouriçando
[minhas costas antes enrijecidas
E a ciscarem ternos e compassadamente por meus cílios dispertos
E a deslizar aos sussurros e balbucios_ fio a fio_ meus cabelos quais sacudo
E estando eu primaveril no epicentro de um outono descortês
(Que me deprecia em tom elogioso...
Colhendo flores órfãs de veraneio),
Sendo espreitado por uma insolente sede insólita
Que do arco do palato desce até a secura enxuta de meus lábios.
Inclino-me a descortinar íntimas imagens ao me lembrar da seda pele...
Ca-ri-nho-sa-men-te acariciada...
... Dotada de finas e infinitas camadas de um lento veneno feminil...
De homeopáticas doses de cura
Que novamente a boca me faz salivar... e língua, e dentes
Em clarões e lampejos
De intensos brilhos repentinos de sensações e respostas
Desde então, da imagem dessa maça mordida,
"Que tem a natureza do que é passageiro".
Desenho_ em giz-cipreste em tom branco carregado_ segredos
[em toda a extensão de minha epiderme
E depois vou deitar à beira-mar...
Deixando, suavemente, que as ondas_ uma a uma_
Pousem lentas por sobre mim... Por sobre todo meu corpo... Por todo o meu ser
Assim, vou tecendo teias de esquecimento
Ao toque acre-doce do castanhar da areia branca
Com toda sua musicalidade em notas de perfumes e tons de alecrim e madeira
Segundo os oceanos: Vou seguindo em
terra firme...
E como numa queda para o alto
Vou descendo e subindo pelas ruas e cruzamentos do eu que me principia
Nesse trânsito, meu corpo, então, febril_ do qual verte um canto
“Vazando num transbordante cortejo de meu espírito
A despeito de todo o embargo da carne fundido nas feridas
Que, se ainda abertas:
Cauterizo ao olhar para o lado
Cuja vista não se prende”
Desaconselha a toda água impura o seu aproximar.
Quanto mais quente, mais atraído fica
pelo fogo... Mais incendiado se conserva
Mais próximo se situa do sol escaldante, e dos
vulcões erupcionando...
Vou navegando silvático cachoeiras acima
Acenando distintamente para meu velho reflexo dissipando-se no ribeirão artificial.
Purifico, então, minh’alma entoando melodias de esperança
[e sorrisos de criança todos
Deixando toda e qualquer possibilidade de ódio, inquietação e rancores,
(Que me espreitam da marquise infecunda
E que, às visagens, em mim fixam o silvo espesso de seus olhos semitonados
Em mudos balbucios e estridências...)
com todos seus codinomes, mascaras e sedutoras aparências ...
Atropelarem-se a sós em suas vias de cegueira.
Vou navegando silvático cachoeiras acima
Acenando distintamente para meu velho reflexo dissipando-se no ribeirão artificial.
Purifico, então, minh’alma entoando melodias de esperança
[e sorrisos de criança todos
Deixando toda e qualquer possibilidade de ódio, inquietação e rancores,
(Que me espreitam da marquise infecunda
E que, às visagens, em mim fixam o silvo espesso de seus olhos semitonados
Em mudos balbucios e estridências...)
com todos seus codinomes, mascaras e sedutoras aparências ...
Atropelarem-se a sós em suas vias de cegueira.
Então da pálida magoa,
Desaprovada nas assembléias e tribunais incorpóreos
de minhas entranhasDesato-me sem ares de reconciliamento.
É nesse tempo que estou vultosamente verdadeiro.
Desapegado de minha vontade quando imperfeita e vã.
Corrosiva, leviana... Inflamada de orgulho.
E caprichosa por ocasião: na qualidade do que é vão e entulho.
Retiro, portanto, de meu coração
envolto à penumbra,
Um até então, invólucro inviolávelE no aconchego de salas e quartos a céus abertos... varandas e quintais...
Renovo-o
Torno-o limpo para habitação...
Torno a respirar
Recomeço a viver!
[tentando a todo custo_
distantanciar-me da vileza do lago largo repleto de presunção, cólera, cinismo e cinzas
Encontro-me afastado da extrema penúria condicionante
Das respostas fáceis dadas apenas pela emoção.
E despido por uma serena luz calma
Que da fonte se insinua volumosamente intensa e
forte, e nua
Despeço-me de todo estorvo do ontem
E de todas suas nuvens espessas em tons amargos de agrura
Num tal aceno sem clima de nostalgia
Qual inaugura do ventre próspero
A iluminação da nova semeadura...
Despeço-me de todo estorvo do ontem
E de todas suas nuvens espessas em tons amargos de agrura
Num tal aceno sem clima de nostalgia
Qual inaugura do ventre próspero
A iluminação da nova semeadura...
E do amor
Que sempre vi chegando e eu saindo: Vou ao encontro!
Com o dorso de minhas mãos_ suspirando_
Toco as saliências de meus olhos no espelho...
Nada desejo, a não ser o que possa me inspirar à virtude
Nada procuro, salvo aquilo que ainda não viviToco as saliências de meus olhos no espelho...
Nada desejo, a não ser o que possa me inspirar à virtude
Nada quero, senão o que me faz inteiro!
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